26 setembro 2006

É diferente quando você sente, mas é igual quando o sente.

É o que senti, é o que eu sinto e não vejo outra demonstração capaz de se expressar tão bem.
Sou um ser capaz de sentir o frio ainda mais frio, o calor ainda mais caloroso, o abraço tão mais forte, o gosto tão maior que sinto o amor.
O amor é diferente em uma e em outra pessoa.
Penso que ao sentir o amor, no sentido de – Eu sinto! , você sente! As pessoas o sentem de formas diferentes, amam diferente! Mas o sentir no sentido de – Posso sentir o seu amor! Elas sentem na mesma intensidade, todos recebem tal sentimento da mesma forma, iguais.
É o que me faz gostar, gostar aquele gosto maior pela vida, amar e nos sentirmos amados, eu amo, todos amam, cada um de sua maneira.
Eu amo, eu amo meu criador, eu amo minha mãe, eu amo meu pai, eu amo minhas irmãs, eu amo um homem, eu amo minha família, eu amo estrela, eu amo amigos, eu amo amigas, eu amo os animais, eu me amo, eu amo minha vida, esses tipos de amores eu sinto. Esses sentem o meu amor.
Da mesma forma que você ama! Você ama! E você ama! Esse é o seu tipo de amor, o amor que você sente! Diferente do meu, mas esses sentem o seu amor da mesma forma que sentem o meu, iguais.
Eu amo, eu sinto.
Penso que a essência é sentir.
Não é porque não ouço que não posso sentir, não é porque não digo que não sinto.
Quero que as pessoas não percam a essência, se permitam sentir e não sentir também que não deixa de ser um sentimento.
Sintam e não sintam, mas se sintam amados.
Não espero igualdades de sentimentos, nem quero, pois os meus eu já sinto, sinto os seus também.
Senti o seu que é diferente mas é igual.
Praticamente sentimentos, Valéria Sasso.

24 setembro 2006

Sei o depois que não, mas queria saber o depois de se

Eu estava pensando...será que eu acredito em destino? Ou será que eu acredito que nosso futuro depende de nossas escolhas?
Sei no que eu acredito...
As pessoas se encontram e se desencontram como um aprendiz jogador de bilhar.
Eu jogo mal, mas eu estava péssima, olhava, mirava, acreditava e errava a jogada, as vezes acertava o nº impar que não era para acertar, outras vezes nem acertava, em outras tentativas coisas irreais aconteciam, como se fosse para acertar ou errar os vários nºs impares e os vários nºs pares.
Eram tentativas, escolhas que marcavam comigo uma outra noite de bilhar ou... eu desisto jogo mal mesmo.
Eu não desistiria de aprender, aprender o quanto é bom olhar, mirar, acreditar e acertar, mas é que quando acho que acertei pode ser que eu tenha me enganado, acertei o nº impar e não o par , daí o encontro e o desencontro.
Eu durmo, sonho, acordo e lembro, eu escolhi o nº par... mas não o acertei, seria o tal destino?
Durante algumas jogadas eu escolhi o nº par, é como se mesmo perdendo eu não desistisse. Porque eu gosto do par! e porque eu brigaria com o sentimento? Gosto e não consigo explicar porque gosto, uma certeza é que eu gosto e não é porque me acostumei com tal parceria , não tem nada a ver com costume, sei jogar partidas com o nº impar mas o sentimento não chega a ser o mesmo.
Agora penso que encontro e desencontro não tem nada à ver com uma partida de bilhar, tem mais à ver com escolhas ou destino.
Ontem eu escolhi entar em um retângulo com prédios e casas, passei no meio desse retângulo duas vezes, olhei, mirei, decidi ir até aquela casa, aquela que me despertava a verdadeira saudade , eu toco? ou não toco?
Foi uma escolha, não toquei! A saudade discutiu comigo questionando tal decisão, mas entendeu que eu não podia ou podia e não dependia dessa minha escolha, nem tudo que escolho acerto, como no bilhar, talvez fosse projeto do destino, era a planta, já estava desenhado.
Não adianta eu tentar entender o que aconteceria se eu tivesse tocado, acharia o nº par que eu procurava? Receberia o que eu estava atrás?
Antes tivesse tocado, pelo menos não estaria aqui pensando se me encontrei ou me desencontrei nessa comparação com o bilhar de toda sexta.
Galera sexta tem mais bilhar !!! Esqueçam esse bilhar comparativo, vou jogar... e bilhar tem mais à ver com sorte e butequeiros de plantão do que com escolhas de nº par ou impar.

Valéria Sasso.

20 setembro 2006

Um domingo da "maria" de Valéria

Vou contar uma história... Aconteceu ante antes de ontem, mais precisamente domingo dia dezessete de setembro.
Domingo onde acordo cedo...Digo – oi Maria! Tomo café já colocado na mesa por Maria, me visto, escovo os dentes, pego o capacete, a mochila azul e digo – tchau Maria, beijo, volto logo, se cuida beijo. Eu ouço um latido na janela... como sempre minha cachorra Jessy dizendo tchau para mim ou dizendo a Maria – Não! Não vai junto com ela, fica comigo! Bom, ela não gosta de ficar sozinha.
Meu rumo era ir ao parque escola, ao teatro, ver os amigos e ouvir um professor falar... – todos nós sabemos cantar, temos uma voz linda o problema é que não sabemos e nem usamos isso!!! Bom reconheço modesta parte que é verdade, canto mal, mas sei que posso melhorar e muito. Dia de parque encerrado com uns quinze minutos de atraso e o rumo seguinte seria o mesmo lugar que dormi ante antes de ontem e acordei ante ontem, minha casa. Almocei o almoço já colocado na mesa por Maria, chamei minha irmã para me acompanhar ao próximo rumo, um show... que show?!... show da Maria Rita, tomei um banho, ouvi Ana Carolina, escolhi uma roupa, me vesti, peguei o capacete, a mochila azul e com a minha irmã que é a melhor garupa que já conheci fui ao show...que show?!... show da Maria Rita.
Eu estava passando por uma rua onde a frente havia duas meninas uma em cada bicicleta, uma cruzou da esquerda para a direita, a outra permaneceu a esquerda, mas para mim...eu achava que ela também viria para a direita...observei...quando olhei para frente lá estava eu em uma velocidade que não daria para parar passando em um cruzamento no qual o farol estava vermelho, na minha direita um carro também vermelho em uma velocidade que não daria para parar vindo na minha direção , por questão de segundos, centímetros, quase perco a maria no geral, quero dizer, a Maria que me põe comida na mesa, a Maria Rita e a maria sinônimo de vida se eu quiser assim me referir neste instante.
Minhas pernas ficaram tremulas, tremem até agora quando lembro, eu não morri, mas por minutos eu estava querendo acabar com minha “maria” tentando mostrar a mim o que eu tinha feito, não só por minha “maria”, mas pela “maria” da minha melhor garupa também.
Um farol à frente o carro vermelho parou do meu lado esquerdo e queria se sentir no direito de em minutos com palavras acabar com minha “maria”, tentando mostrar a mim que eu havia quase acabado com o domingo perfeito dele, foi o que ele disse.
Vejam só vocês, eu estava péssima já reconhecendo o que fiz e vem alguém menor que Deus querendo o que? Que eu pedisse desculpas? Não era essa a palavra que queria sair da minha boca, o que disse foi – Obrigada !!!
Obrigada Deus por ter me livrado de algo tão ruim, obrigada Deus por eu não ter perdido minha “maria” minha vida.
...Ainda ao próximo rumo... chegamos!!! Eu e a melhor garupa no show...que show?!... show da Maria Rita, muito bom, meus amigos, minha irmã pessoas, carinhos, cavalinhos para ver a Maria, vimos apenas pescoço e cabeça de Maria Rita, mas ouvimos tudo, o suficiente para perceber que eu graças a Deus ainda tenho minha “maria” e também para reconhecer que... – Mexo, remexo na inquisição só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão!
Voltando do show... que show?!... Mexo, remexo na inquisição só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão! Um carro preto como carvão veio do meu lado esquerdo querendo ir para o seu lado direito e eu no lado onde o rumo certo era manter pista da direita, o carvão não deu seta e por segundos e poucos centímetros... pois é... eu quase...
Primeira frase que saiu da minha boca – sua vaca... não tem seta não?!... Se eu tivesse a oportunidade de parar do lado dela eu não diria nada, mas deixaria meu olhar dizer.
Vejam só vocês... eu pude entender o que passou na cabeça daquele homem que quase me tirou a “maria” e eu era culpada, com a mulher do carro preto que também quase me tirou a “maria” e eu não era culpada.
O julgar alguém me fez pensar, pois o que passou na cabeça daquele homem eu ouvi. E aquela mulher... não sei se ela ouviu o que eu disse e também não vou saber o que ela diria se tivesse ouvido, penso que ela pode ter se sentido como eu me senti, ou não.
Pensei... no momento em que julga, podes também ser julgado e não é por estar com raiva que tem o direito de ser cruel. Então penso... só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão.
Ufa...sai zica!!! Rs...
Ontem e hoje acordei, tomei o café já colocado na mesa por Maria minha mãe, me troquei, peguei o capacete, a mochila azul, fui rumo ao meu trabalho, fui sozinha, pois minha melhor garupa não me acompanha no trabalho e no caminho por segundos, centímetros... como em todos os momentos da minha “maria” sinto em todas as direções do meu corpo Deus em minha Vida.
Aprendendo sempre...
Eu quero mais é viver, porque num belo dia se morre.

Valéria Sasso.