24 setembro 2006

Sei o depois que não, mas queria saber o depois de se

Eu estava pensando...será que eu acredito em destino? Ou será que eu acredito que nosso futuro depende de nossas escolhas?
Sei no que eu acredito...
As pessoas se encontram e se desencontram como um aprendiz jogador de bilhar.
Eu jogo mal, mas eu estava péssima, olhava, mirava, acreditava e errava a jogada, as vezes acertava o nº impar que não era para acertar, outras vezes nem acertava, em outras tentativas coisas irreais aconteciam, como se fosse para acertar ou errar os vários nºs impares e os vários nºs pares.
Eram tentativas, escolhas que marcavam comigo uma outra noite de bilhar ou... eu desisto jogo mal mesmo.
Eu não desistiria de aprender, aprender o quanto é bom olhar, mirar, acreditar e acertar, mas é que quando acho que acertei pode ser que eu tenha me enganado, acertei o nº impar e não o par , daí o encontro e o desencontro.
Eu durmo, sonho, acordo e lembro, eu escolhi o nº par... mas não o acertei, seria o tal destino?
Durante algumas jogadas eu escolhi o nº par, é como se mesmo perdendo eu não desistisse. Porque eu gosto do par! e porque eu brigaria com o sentimento? Gosto e não consigo explicar porque gosto, uma certeza é que eu gosto e não é porque me acostumei com tal parceria , não tem nada a ver com costume, sei jogar partidas com o nº impar mas o sentimento não chega a ser o mesmo.
Agora penso que encontro e desencontro não tem nada à ver com uma partida de bilhar, tem mais à ver com escolhas ou destino.
Ontem eu escolhi entar em um retângulo com prédios e casas, passei no meio desse retângulo duas vezes, olhei, mirei, decidi ir até aquela casa, aquela que me despertava a verdadeira saudade , eu toco? ou não toco?
Foi uma escolha, não toquei! A saudade discutiu comigo questionando tal decisão, mas entendeu que eu não podia ou podia e não dependia dessa minha escolha, nem tudo que escolho acerto, como no bilhar, talvez fosse projeto do destino, era a planta, já estava desenhado.
Não adianta eu tentar entender o que aconteceria se eu tivesse tocado, acharia o nº par que eu procurava? Receberia o que eu estava atrás?
Antes tivesse tocado, pelo menos não estaria aqui pensando se me encontrei ou me desencontrei nessa comparação com o bilhar de toda sexta.
Galera sexta tem mais bilhar !!! Esqueçam esse bilhar comparativo, vou jogar... e bilhar tem mais à ver com sorte e butequeiros de plantão do que com escolhas de nº par ou impar.

Valéria Sasso.