Fragmentos de Heráclito
A única coisa permanente na vida é a mudança. Tudo flui através da mudança, e, mudar significa mudar para outra polaridade. Você se move de um pólo a outro e é assim que você se torna cada vez mais vivo e mais novo. Tudo flui e tudo muda, se move. Nada é estático. E quando você se apega a alguma coisa, perde a realidade. Apegar é o problema, pois, a realidade muda e você não flui com ela.
Porque você quer ser uma coisa permanente? Só uma coisa morta pode ser permanente. As ondas vão e vem e por isso o oceano está vivo. Se as ondas parassem tudo no oceano pararia. Seria uma coisa morta.
Lembre-se: uma coisa pode ser boa pra você hoje e amanhã não ser, pois a vida vai mudando e você pode pisar duas vezes no mesmo rio. E mesmo que pise, você não é o mesmo, tudo está em movimento, tudo é um fluxo, não se fixe.
Este é um dos males da mente humana: você se fixa, perde a flexibilidade – e flexibilidade é vida.
Olhe para uma criança, ela é flexível. Olhe para o velho, ele se tornou inflexível. Quanto mais flexível, mais vivo, fresco e jovem você é. Quanto mais inflexível você se torna, você já está morto.
E o que é flexibilidade? É responder no momento, sem nenhuma idéia pré-concebida, diretamente, imediatamente. Imediatisto é flexibilidade.
A ação vem naturalmente, sem nenhuma ligação com o passado.
A única miséria que conheço é ser incompleto.
O ser tende a ser completo, precisa ser completo e o incompleto se transforma em uma tortura. O ser incompleto é o único problema. E quando você se torna completo, o início e o fim se encontram em você: Deus como fonte e Deus como florescimento supremo, encontram-se em você.
Se você quiser durar para sempre não vive o momento. Aquele que vive a sua vida de um modo verdadeiro, autêntico, aquele que goza a vida, está sempre pronto para morrer, sempre pronto para viver. Aquele que não se alegra e nem celebra a vida, aquele que não vive o momento, a vida, tem sempre medo de morrer – “porque chegou a hora de partir ainda não estou realizado”.
O medo da morte não é medo da morte, é medo de permanecer não realizado. Você vai morrer e não experimentou nada, absolutamente nada da vida – nenhuma maturidade, nenhum crescimento, nenhum florescimento. De mãos vazias você veio e de mãos vazias está indo. Esse é o medo! Aquele que viveu está sempre pronto. É como uma flor desabrochada, perfumou e embelezou o ambiente onde viveu.
( A harmonia Oculta -Discursos sobre os fragmentos de heráclito) - (Editora Cultrix)
Porque você quer ser uma coisa permanente? Só uma coisa morta pode ser permanente. As ondas vão e vem e por isso o oceano está vivo. Se as ondas parassem tudo no oceano pararia. Seria uma coisa morta.
Lembre-se: uma coisa pode ser boa pra você hoje e amanhã não ser, pois a vida vai mudando e você pode pisar duas vezes no mesmo rio. E mesmo que pise, você não é o mesmo, tudo está em movimento, tudo é um fluxo, não se fixe.
Este é um dos males da mente humana: você se fixa, perde a flexibilidade – e flexibilidade é vida.
Olhe para uma criança, ela é flexível. Olhe para o velho, ele se tornou inflexível. Quanto mais flexível, mais vivo, fresco e jovem você é. Quanto mais inflexível você se torna, você já está morto.
E o que é flexibilidade? É responder no momento, sem nenhuma idéia pré-concebida, diretamente, imediatamente. Imediatisto é flexibilidade.
A ação vem naturalmente, sem nenhuma ligação com o passado.
A única miséria que conheço é ser incompleto.
O ser tende a ser completo, precisa ser completo e o incompleto se transforma em uma tortura. O ser incompleto é o único problema. E quando você se torna completo, o início e o fim se encontram em você: Deus como fonte e Deus como florescimento supremo, encontram-se em você.
Se você quiser durar para sempre não vive o momento. Aquele que vive a sua vida de um modo verdadeiro, autêntico, aquele que goza a vida, está sempre pronto para morrer, sempre pronto para viver. Aquele que não se alegra e nem celebra a vida, aquele que não vive o momento, a vida, tem sempre medo de morrer – “porque chegou a hora de partir ainda não estou realizado”.
O medo da morte não é medo da morte, é medo de permanecer não realizado. Você vai morrer e não experimentou nada, absolutamente nada da vida – nenhuma maturidade, nenhum crescimento, nenhum florescimento. De mãos vazias você veio e de mãos vazias está indo. Esse é o medo! Aquele que viveu está sempre pronto. É como uma flor desabrochada, perfumou e embelezou o ambiente onde viveu.
( A harmonia Oculta -Discursos sobre os fragmentos de heráclito) - (Editora Cultrix)