07 fevereiro 2008

Aqui dentro.

Bem vindos ao mundo de sonho e fantasia.
Foi ai que eu vivi oito anos da minha vida, foram capítulos muito bem escritos, muito bem vividos, muito emocionantes, muito engraçados, super fantástico, capítulos que até hoje me arrancam lágrimas e sorrisos.
Tramas que tiveram muitos desfechos por anos e anos.
É do meu mundo que falo, dos que dividem a cena comigo eu nada sei.
Eu sei que o trapézio prende a minha atenção, é o que me faz respirar limpo, é nele que desde então eu quis segurar.
Verdade desse mundo, eu quis segurar.
Salto do trapézio antes mesmo de me segurar, assim como eu fazia, e quem nunca fez?...Em um balanço a criança diz segurando... – Mais forte!... – Vai... empurra mais forte... – Pai... mais alto.
E foi nesse momento que minhas mãos se soltarão, foi um “empurrão” em quem não queria saltar, minhas mãos ficarão sós.
Estou sem ar.
E o que eu faço agora? Por favor, alguém me diz!
Eu não sei o que está acontecendo comigo, eu tenho medo!
Como eu vou fazer, eu nunca mais vou falar com ele!?
E agora pra quem eu vou fazer perguntas?
E agora? O que eu faço?
Eu não sei o que dizer... penso que era o que eu queria ouvir, mas não sei.
Então do meu jeito eu deixo você sentar do meu lado e encostar-se em mim, eu posso perguntar pra você... medo? De quê? Ninguém vai fazer mal algum pra você.
Eu queria ter falado, - Hei eu protejo você!
Não disse, sei que não precisa.
E digo mais, o que você precisa é entender e sentir que a força está dentro de você.
Ela existe e suas mãos não se sentiram sós.
Não é preciso admirar o trapézio, se a trapezista também souber ser equilibrista.
É o mundo dos sonhos e é com os pés no chão que as mãos jamais vão estar vazias.
Mãos com luva, ou mãos sem luvas... Se vazias que estejam somente às mãos.
Pois a história, e quem me ensinou a balançar e saltar no meu coração está, não preciso segurar.
Um salto livre para a vida que sempre continua e é bonita, é bonita e é bonita.